29.11.08

é bom


quando é fim-de-semana, de noite, e parece que o mundo está fechado e não vem tanto atrás de nós.

28.11.08

de tudo e para tudo,

paguei sempre, mais do que a conta, mas continuo a dever, mais e mais. já não me lembro de mim que não assim e perco a perspectiva de um fim.

25.11.08

...

exausta...

quase-tudo-virtual-menos-a-vida

* ron mueck untitled (man in blankets), 2000
ontem quando falava com um amigo no msg e quase desesperadamente lhe suplicava "respostas-de-vida", *era disto que lhe falava, quando lhe dizia que se não fosse mãe gostava de ser sem abrigo por opção... depois o telefonema, de algures e de nenhures e hoje no blog da morfose, já depois da minha paula rego, ron mueck, também ele o assombro da técnica e da verdade de todos e também minha, liberdade. descobri entretanto que os dois são amigos, claro :)

sedução

do Lat. seductiones. f.,
acto de seduzir ou de ser seduzido;
qualidade do que seduz;
encanto;
atracção;
suborno.

* snow white swallows the poisened apple

*
pensei muito (não tanto assim…) no que escrever hoje, para assinalar o fim de 42 anos de autismo forçado, subliminarmente comprado, forçado, manipulado em operações de sedução e outras nem tanto, de umbigos alheios, de quem afinal de contas pode. entretanto li isto, :D e de absurdo em absurdo ou de umbigo em umbigo só me ocorre a frase que a amiga conta da sua avó, que dizia:
- realmente… a ignorância é muito atrevida!!


* paula rego gosto tanto do trabalho dela... porque no assombro da técnica, a verdade nua e crua, liberdade.

23.11.08

...

sonhei com paz, morno, sossego seguro, tranquilo, bom, beijos, sorrisos, conversa, amizade, vida. e o depois logo se via.

22.11.08

pura felicidade

coçarem-me as costas, ouvir as filhas cantar no banho espontaneamente e sonhar que voo.

enquanto isso, o meu outro orgulho

- ai mãe… e eu que quando tomava banho olhei para os nossos três pom-pons (que fazem de esponja) de cores diferentes e pensei que somos tão queridas!!
:) :) :)

a(mar) o céu e o sol


depois do bater no fundo e/à falta de uma rede de apoio natural no activo, vieram em nosso auxílio a amiga e o psicólogo. uma ameaçou-lhe uma tareia à porta da escola em frente aos amigos, beijos e riso, tudo verdade, o outro olhou-me nos olhos, porque não tinha possibilidade por agora de fazer mais, e com a voz de homem que é, garantiu-me que iam acontecer mudanças de provas dadas e que ele lá estaria na próxima vez para as ouvir contar, o recado era para ela e a promessa foi para mim. passou uma semana, entretanto, e entre beijos risotas e abraços, acima de tudo a satisfação e leveza, de pura e simplesmente ter sido deixada na única medida que lhe pertence e para a qual queria mas já não sabia voltar. mais um ciclo que se fecha, mais um vicioso que se quebra, com personagens afinal, diferentes e boas. orgulho. - próximo!
- ó mar, olha lá que céu e sol maravilhosos!
- onde?!
- :) :D!!
- :D :D!!

16.11.08

a turma



acabei de saber que vou ao cinema na 3ª :)
"entre les murs" de Laurent Cantet , M/12, francês, 2008, cores, 128 min, galardoado com a palma de ouro no festival de cannes, segue um ano de um professor e da sua turma numa escola de um bairro problemático de paris, microcosmos da multietnicidade da população francesa, espelho dos contrastes multiculturais dos grandes centros urbanos de todo o mundo.

12.11.08

aurasoma


neste momento, não são as que eu mais gosto, mas sinto-as sempre, como... eu.

11.11.08

decididamente,

acredito que é no sentir que temos de nós próprios, que se define a medida de com quem podemos disfrutar a vida. depende por isso "apenas" do nosso crescimento e coragem para ser feliz. a fasquia, essa, aumenta...

(des)encontros

a verdade é que nós não mudamos ninguém, nem ninguém nos muda. quando o fazemos é sempre por nós próprios, quando e como nos é possível, numa sucessão de experiências, num percurso individual. quanto muito podemos influenciar os caminhos e as escolhas, com os exemplos, das nossas decisões, das nossas vidas, de nós mesmos. e??!!...

10.11.08

:D


são mais de 60 com idades entre os 5 e os 8 anos. todos aos gritos, supostamente conversam e tentam ouvir-se. já conhecia muitos do verão do ano passado, foi giro reencontrá-los. uma menina veio ter comigo no meio da confusão e perguntou: - quantos queres? e eu no meio da loucura-feita-à-minha-medida respondi: - 123!

7.11.08

provérbio da semana

cada um tem o figado que pode!

6.11.08

poder do piroso . poder da fé

ainda bem que caminhamos a passos largos para um mundo em que fundamentalismos, o “politicamente correcto” de alguns e os “pudores” de outros, deixam de fazer sentido. um dia, certamente, as máscaras que carregamos (uns mais do que outros), associadas aos papeis que representamos, poderão desaparecer. é tempo de subjectividade, de emoção, de diferença, de tolerância, de diversidade, de genuíno, de aceitação, do todo, de visão, de todos e de cada um, …de verdade. depois, inevitavelmente virá a responsabilidade individual, e aí seremos muitos, e vai ser bom.
quando era pequena uma amiga/prima com quem brincava muito, pediu-me que lhe explicasse o que é queria dizer piroso… na realidade algumas/poucas pessoas começavam a utilizar esta palavra que basicamente não quer dizer nada, de tão subjectiva que é a base, em que se fundamenta o conceito estético que está por detrás dela. apesar disso nós-os-iluminados utilizávamos o termo com alguma soberba e poder, de quem sabia, de quem podia… eu tinha uns 10 anos, acho, e vi-me em sarilhos na tentativa da explicação, restou-me o poder… mas ela era minha amiga e então resolvi abrir mão do meu "estatuto" e propor-lhe um “negócio” com uma palavra que sempre me fascinara e que não controlava:
- eu tento arranjar maneira de te explicar o que significa piroso, disse-lhe eu. - e tu tentas explicar-me o que significa (sou filha de pais ateus).

- então…, sabes logo, se é piroso… é de mau gosto… é ridículo de feio!…, comecei eu.
- mau gosto? … mas eu gosto! ridículo porquê? para quem?, perguntava ela.
- para nós os do nosso género!…, os que dizemos piroso! olhamos e sabemos logo!, exclamei eu. - não vês que quem percebe mais disso dos gostos, diz que é feio, ridículo de feio, piroso!, continuei.
- e quem são esses?, perguntou.
- sei lá, arquitectos, pintores, escritores, artistas, amigos nossos..., disse eu também baralhada com as perguntas, com a questão…
- sabemos, olhamos e vemos que é! não sei explicar olha-se e está à vista de “todos” é piroso!, exclamei.
- mas eu acho giro!…?

- e fé, é o quê?, perguntei depois eu.
- então, fé é acreditar em Deus… mesmo que nunca o tenhamos visto. eu sei que existe! é a fé! tenho fé!, respondeu ela contente por agora ser a sua vez.
- não sabes nada! se existisse, havia provas. como é que é possível saberes o que não sabes sem provas? e se não tens provas…, desesperei eu.
- tendo fé! fé é isso mesmo, acreditar sem precisar de ter provas, continuou ela.
- que parvoíce! não acreditas no que estás a dizer, pois não?, suspirei frustrada.
andámos nisto algum tempo. cada uma ficou com o seu poder e seguimos em frente pela vida fora.
...
hoje o termo piroso entrou em desuso e está praticamente extinto. claro que o conceito de mau gosto continua a existir, impermanente, volátil, cíclico, subjectivo, humano… mas acima de tudo com o piroso foi-se o poder.
já a fé… não vai de modas neste mundo do diverso, que se quer de tolerância, e largou as vestes de Deus quando a reconhecemos também, enquanto característica e possibilidade humana. podemos chamar-lhe o que quisermos, optimismo, romantismo, coragem, defesa, sonho, espiritualidade, resiliência, ou mesmo consequência do medo, da solidão…

eu entretanto, aprendi a reconhecer a fé, também como condição/possibilidade minha (bem me parecia que era importante!). a verdade é que a fé, enquanto capacidade de sentir o que aparentemente não podemos ver, é poderosa e será sempre o que nos fará mover, viver.

... operação, de amor, meu







*via l.
é pena que não vejas, que não possas ou não consigas ver… o que está para além da cor. como é bela a normalidade, a educação, a inteligência, o amor-próprio, o compromisso de família entre eles, o amor. é pena que não vejas, que não possas ou não consigas ver…
independentemente do depois, do que acontecer e de como correr, ontem, a somar às palavras, foi a força das imagens dos gestos de verdade, que o fizeram vencer. é pena que não vejas, que não possas ou não consigas ver… que o espantoso aconteceu, quando milhões por todo o mundo depositaram o poder, nas mãos de um quase estranho, ah pois… negro, o poder na esperança da verdade da emoção, em detrimento de outras eventuais razões. o belo e corajoso feito foi esse, e essa coragem já ninguém nos tira e vai certamente seguir caminhos pelo mundo fora.
tudo o resto que te queixas, que te magoa, tens razão, são ignorantes, pobres e mal educados, é pena que não vejas, que não possas ou não consigas ver… o que está para além da cor, porque tu sabes como é bela a normalidade, a educação, a inteligência, o amor-próprio, o compromisso de família, o amor.
...
clica nas imagens para veres maior, tu que sabes também sentir, também nas entrelinhas, vai lá ver.

obama . outra vez o 8*

no dia 5-11-2008 (5+2+10=8)
obama 44º presidente (4+4=8)

*segundo a numerologia, 8 é o número da realização de projectos materiais e do controlo da matéria. representa materialização dos desejos, poder, equilíbrio, competência, determinação.

obama . lia = very smart people

não me canso de reparar no poder e na beleza das imagens, mas a genialidade da sequência é dela.

5.11.08

amiga economista

a melhor em economia de escala, entre outras coisas boas. acordo na casa, visto a roupa, levo a filha, recebo do ex. e entrego ao pai :D

grande ciclo

e fechado que está, mais este também... embora lá começar mais outro.

liberdade


em deleite, choro, choro tudo. choro as mágoas da minha vida. choro a incompetência de pai e mãe, assim apanhada de surpresa… anos em que vi o mundo atingir o fundo, anos em que questionei o desencontro individual das ideias com os gestos. anos em que por vezes desejei, afinal, não saber sonhar.
choro, choro comovida, porque o preço que pagámos, que paguei, resume-se hoje, “yes we can!”, na necessidade e possibilidade humana, de acreditar, de amar.
à minha mãe e ao meu pai que hoje me deram tudo… a coragem da liberdade.

:D yes we can!!!

*
* foto de terry richardson, via L.
passei a noite a chorar e ainda choro comovida :D
yes we can!
well done!!!!!!!!!!!!!!!!
yes we can!

4.11.08

liberdade

It was a creed written into the founding documents that declared the destiny of a nation. YES WE CAN! It was whispered by slaves and abolitionists as they blazed a trail toward freedom. YES WE CAN! YES WE CAN! It was sung by immigrants as they struck out from distant shoresand pioneers who pushed westward against an unforgiving wilderness. YES WE CAN! YES WE CAN! It was the call of workers who organized; women who reached for the ballots; a President who chose the moon as our new frontier;and a King who took us to the mountain-top and pointed the way to the Promised Land. YES WE CAN to justice and equality. YES WE CAN to opportunity and prosperity. YES WE CAN to opportunity and prosperity. YES WE CAN heal this nation. YES WE CAN repair this world. YES WE CAN! We know the battle ahead will be long,but always remember that no matter what obstacles stand in our way, nothing can stand in the way of the power of millions of voices calling for change. WE WANT CHANGE! We have been told we cannot do this by a chorus of cynics who will only grow louder and more dissonant. We’ve been asked to pause for a reality check. We’ve been warned against offering the people of this nation false hope. But in the unlikely story that is America, there has never been anything false about hope. WE WANT CHANGE! The hopes of the little girl who goes to a crumbling school in Dillon are the same as the dreams of the boy who learns on the streets of LA; we will remember that there is something happening in America; that we are not as divided as our politics suggests; that we are one people; we are one nation; and together, we will begin the next great chapter in America’s story with three words that will ring from coast to coast, from sea to shining sea YES.WE.CAN.

1.11.08

amor-próprio*


"enquanto tu, muitas vezes apenas te tentas, numa medida de quantidade, medir, sentir e validar através, por vezes, do desvalor dos outros... boa! és muito boa! melhor dos que os outros! e como consequência, mesmo que não a questão, os outros nunca estarão à altura".
tirada do contexto, esta frase que escrevi há tempos, faz-me perceber que também já precisei de respirar assim. não sei como seria hoje, mas sei que é bom para já não ter que me pôr à prova. continuo a crescer.
*diferente de auto-estima

hoje


foi dia de margaridas verdes na jarra :)

poupar…


parece que nesta minha fase de grandes poupanças, de meios, de objectos, de afectos, de recursos, de informação, de pessoas, de amigos, de excessos, devo também …nas palavras. e quem sabe o próximo passo será nos pensamentos.