24.9.10

De Mãe


em Mãe, vim parar aqui :)


Quem será que lhe corta o cabelo? Posso passar a cortar eu, e fona como é, acho que vai gostar de poupar :)


Foram duas semanas brutais, mas tão importantes e boas.

23.9.10

Estafada

mas a gostar de ouvir a chuva.

22.9.10

Que linda




:)

Que lindo

Tenho medo de perder a maravilha

de teus olhos de estátua e aquele acento

que de noite me imprime em plena face

de teu alento a solitária rosa.



Tenho pena de ser nesta ribeira

tronco sem ramos; e o que mais eu sinto

é não ter a flor, polpa, ou argila

para o gusano do meu sofrimento.



Se és o tesouro meu que oculto tenho

se és minha cruz e minha dor molhada,

se de teu senhorio sou o cão,



não me deixes perder o que ganhei

e as águas decora de teu rio

com as folhas do meu outono esquivo.



Federico García Lorca, in 'Poemas Esparsos'

Dia 3, Domingo









10h30: Aula de cozinha vegetariana. Com almoço e receitas incluídas. 35€


Venha aprender a preparar uma refeição 100% vegetariana, completa e saudável.


Local: Restauradores, Lisboa.





O Outono começou ontem, e eu não tarda nada estou a trabalhar de lua a lua.


Ainda assim, aproveito o balanço bom e experimento(-me), também aqui


:) minúscula mas boa margem.


Inscrita :)

21.9.10

Fragmento do Homem


Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros. Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras.


E poderia ser de outro modo? Num tempo em que todo o pensamento dogmático é mais do que suspeito, em que todas as morais se esbarrondam por alheias à «sabedoria» do corpo, em que o privilégio de uns poucos é utilizado implacavelmente para transformar o indivíduo em «cadáver adiado que procria», como poderia a arte deixar de reflectir uma tal situação, se cada palavra, cada ritmo, cada cor, onde espírito e sangue ardem no mesmo fogo, estão arraigados no próprio cerne da vida?


Desamparado até à medula, afogado nas águas difíceis da sua contradição, morrendo à míngua de autenticidade - eis o homem! Eis a triste, mutilada face humana, mais nostálgica de qualquer doutrina teológica que preocupada com uma problemática moral, que não sabe como fundar e instituir, pois nenhuma fará autoridade se não tiver em conta a totalidade do ser; nenhuma, em que espírito e vida sejam concebidos como irreconciliáveis; nenhuma, enquanto reduzir o homem a um fragmento do homem. Nós aprendemos com Pascal que o erro vem da exclusão.





Eugénio de Andrade, in 'Os Afluentes do Silêncio'

19.9.10

A Festa do ♥



















































































:)





Obrigada

A Festa do ♥


































































E tantas outras, todas belas também.