
27.4.10
Mulheres-da-minha-vida
Mas será possível que não saia por momentos do seu umbigo ou ângulo (nisto és parecida com as outras), o que for, para perceber que eu não estou a dar nada a ninguém, nada! E que apenas tento sobreviver, no básico que é também ele feito de estender e lavar roupa, quando possível, como se daí dependesse a vida...
E no entanto, e consciente do interregno, por tudo o resto que tens de diferente das outras, gosto de ti.
às
13:33


26.4.10
23.4.10
15.4.10
Amor
A música, comigo, tem que vir sempre por intermédio de alguém. Porque não a procuro, porque não me pisca o olho como fazem os livros e outros. Reconheci, toda a vida a dificuldade até física da música comigo. Chega-me no entanto cada vez mais representada e filtrada, por quem reconheço perto do formato que também é o meu, e com a qual me sinto bem. Esta chegou-me, do outro lado do mar e fica aqui para as duas mulheres da minha vida e para quem gostar.
às
12:05


10.4.10
Também Mulher
Não tinha reparado no título, da música que gostei e publiquei aqui, o tom não era aquele.
às
22:12


As Palavras Interditas
Procuro a ternura súbita,
os olhos ou o sol por nascer
do tamanho do mundo,
o sangue que nenhuma espada viu,
o ar onde a respiração é doce,
um pássaro no bosque
com a forma de um grito de alegria.
Oh, a carícia da terra,
a juventude suspensa,
a fugidia voz da água entre o azul
do prado e de um corpo estendido.
Procuro-te: fruto ou nuvem ou música.
Chamo por ti, e o teu nome ilumina
as coisas mais simples:
o pão e a água,
a cama e a mesa,
os pequenos e dóceis animais,
onde também quero que chegue
o meu canto e a manhã de maio.
Um pássaro e um navio são a mesma coisa
quando te procuro de rosto cravado na luz.
Eu sei que há diferenças,
mas não quando se ama,
não quando apertamos contra o peito
uma flor ávida de orvalho.
Ter só dedos e dentes é muito triste:
dedos para amortalhar crianças,
dentes para roer a solidão,
enquanto o verão pinta de azul o céu
e o mar é devassado pelas estrelas.
Porém eu procuro-te.
Antes que a morte se aproxime, procuro-te.
Nas ruas, nos barcos, na cama,
com amor, com ódio, ao sol, à chuva,
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te.
Eugénio de Andrade
os olhos ou o sol por nascer
do tamanho do mundo,
o sangue que nenhuma espada viu,
o ar onde a respiração é doce,
um pássaro no bosque
com a forma de um grito de alegria.
Oh, a carícia da terra,
a juventude suspensa,
a fugidia voz da água entre o azul
do prado e de um corpo estendido.
Procuro-te: fruto ou nuvem ou música.
Chamo por ti, e o teu nome ilumina
as coisas mais simples:
o pão e a água,
a cama e a mesa,
os pequenos e dóceis animais,
onde também quero que chegue
o meu canto e a manhã de maio.
Um pássaro e um navio são a mesma coisa
quando te procuro de rosto cravado na luz.
Eu sei que há diferenças,
mas não quando se ama,
não quando apertamos contra o peito
uma flor ávida de orvalho.
Ter só dedos e dentes é muito triste:
dedos para amortalhar crianças,
dentes para roer a solidão,
enquanto o verão pinta de azul o céu
e o mar é devassado pelas estrelas.
Porém eu procuro-te.
Antes que a morte se aproxime, procuro-te.
Nas ruas, nos barcos, na cama,
com amor, com ódio, ao sol, à chuva,
de noite, de dia, triste, alegre — procuro-te.
Eugénio de Andrade
às
21:58


Desintoxicar
De tudo, do Inverno, das contas extras da electricidade apesar das velas, e das outras, das emoções, da roupa que não secava, das responsabilidades, tantas..., dos olhares delas, do tempo dos outros, do frio… Foi tão pesado este Inverno.
A desintoxicar dos blogs, facebooks, contadores e afins, desintoxicar das pessoas que não conheço ou que também não podem estar.
Na margem oferecida pela Primavera, e ainda que no limite quanto ao básico, eu crio, recupero, torno-me disponível, também para dar e receber a/de quem for.
Em Liberdade
às
16:15


2.4.10
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