28.8.08

respirar


falo muitas vezes em universo. na maior parte das vezes, acho que me refiro a uma sensação que tenho de uma ordem natural das coisas, de todas as coisas, o natural do qual fazemos parte também. é assim uma convicção, instintiva, muito budista :). e então essa ordem natural das coisas que reconheço e antecipo sempre, como uma possibilidade de entre tantas, de sermos felizes, existe em todos os momentos, para todos, porque provavelmente mais não é do que o encontro entre o ar certo para o (nosso)respirar, diferente sempre, a cada encher de pulmões.
mas nós os humanos, com esta coisa da socialização e depois da cultura, complicámos tudo e as variáveis com que nos condicionamos todos os dias nas escolhas do ar para respirar… caramba!
fui poupada, claro está. ou então poupei-me, logo de início, no repente assombroso com que me defendi do ar que não era bom para mim. porque neste caso, mais um, a auto-estima ou a falta dela também entrava, para além do amor-próprio já se viu, no ar que teria de respirar, que mais uma vez não seria o meu.