6.7.11

Amor-incondicional-de-espécie


De Deus não sei… Desse Deus que não o meu… Ainda assim, no Acreditar do Todo, e que me preenche aquele que seria o vazio, injusto ainda que natural da necessidade de pertença, de todos os seres humanos… Sei que não estou só.
A enorme capacidade de amar, de dar e de aceitar o sacrifício, não decorre de “desinteresse” ou “altruísmo” mas precisamente de “interesse”, por sentirmos que aquela pessoa que amamos nos inspira e nos dá esperança de uma terra e de uma casa indestrutíveis. Este é o mote que sustenta a longa busca por um relação segura.… (esta citação já não corresponde ao texto original, que foi alterado. Mas como para mim, este é muito mais bonito, fica assim). É tão verdade, não é? Tão certas as palavras… Também acho que sim. Como tantas vezes, são as aspas que sustentam o tom, a meu ver “errado”, do preconceito que admitamos, existirá sempre, porque também ele faz parte de sermos assim.
Não acredito em desinteresses, nem em altruísmos, de um modo absoluto e independente, não. Nem no amor, nem mesmo naquele por um filho, ou pai ou mãe. E nem por isso o vejo ou sinto, esse amor, menos real, menos absoluto, menos incondicional. Quando nascemos, “olhamos” para quem se nos apresenta presente, com a nossa vida nas mãos, e segundo a segundo, minuto a minuto, aprendemos, no treinar, aquilo para que estamos destinados que, ainda que lhe chamemos amor, é ter sucesso no sobreviver… Eu choro, ela/ele beija-me, protege-me, alimenta-me. Eu sossego, ela/ele guarda-me. Sou dela/dele, a minha sobrevivência e parte da sua também… É pois assim, numa dança de interesses e altruísmos de amor, que nos salvamos, que nos inspiramos, que nos perpetuamos e nos transcendemos. E na crueza do propósito da espécie, é Belo, Verdadeiro e Puro..., ainda assim… Amor incondicional a cada momento de Verdade, de nós próprios.
Haja pois Verdade, isso sim…